Entrevista A João Silvestre 1

Entrevista A João Silvestre

Você viajou por todo o continente africano, todavia a todo o momento pesquisa dar no pé dos clichês. O que encontraremos em teu livro Um milhão de pedras, o primeiro que escreveste e que imediatamente leva dez edições? Um retrato real da África. Um milhão de pedras é um quadro rígido, sem lirismos falsos, uma imagem sem maquiagem ou fotoshop tomada ao pé da rodovia, uma narração direta de como são as tuas gentes, hospitais, polícia, os animais e regimes políticos.

Ao mesmo tempo é o relato de uma transformação pessoal, do eu sedentário, que se torna um eu nômade, o segundo vai engolindo poeira. Todavia é bem como um testemunho de expectativa, de carinho, de certeza no futuro e nas pessoas. Se estou vivo é em razão de os anjos existem.

, E são de carne e osso. Você tinha algum objetivo em mente, ou o fez por pura aventura? A viagem africano surge por sorte. Meu propósito era e é a literatura. Deixei de trabalhar pra poder escrever outro livro.

Pensei numa novela. O de comparecer pro Quênia foi incidente. Me fez uma reportagem sobre o assunto uma ONG e uma vez lá, busquei uma moto pra conceder uma volta. Como não alugavam e tinha o dinheiro de uma indenização por um acaso, eu comprei uma BMW R80 GS, a princesa do livro, e uma vez sobre isto ela, pensei ¡ ¡Vamos visualizar um pouco deste continente! – Me e fui até a Cidade do Cabo, e de lá pra Maputo. E, mais tarde, de Lisboa a Dakar e de lá pra Bamako. A idéia do romance desapareceu por completo em razão de me dei conta de que o mais incrível argumento possível estava acontecendo diante dos meus olhos.

A ficção fica pálida diante da realidade africana ao grau do chão. Qual foi o curso específico? Países cruzados foram Quênia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe, África do sul até Joanesburgo, daí a Botswana, Namíbia, África do sul até a Cidade do Cabo, Lesoto, Suazilândia e Moçambique. Esse foi o percurso desde o Equador até o Cabo da Boa Esperança e do Oceano Índico, em Dar-es-Salaam, no Atlântico, em Swakopmund.

Essa viagem foi em ziguezague e cruzei cinco vezes o Trópico de Capricórnio. Logo em seguida, a partir de Portugal, saio de novo e ando Marrocos, Saara Ocidental, cruzo o Trópico de Câncer, ando Mauritânia, Senegal e Mali. No total, por volta de 15.000 quilômetros de floresta, savana, montanhas e desertos, por meio da África francófona e anglófona e portuguesa. O Planificaste ou ia improvisando? Mas no momento em que eu tenho que fazer a série de tv, que requer um mínimo de planejamento, eu não planeio nada se eu viajar por minha conta, eu sou um desastre para isso.

Isso me custou caro, como quando me vi sem vistos pela terra de ninguém entre a Rússia e o Cazaquistão. Em conexão à viagem africano, saí sem mais e aprendi geografia segundo estava viajando. É que eu nunca pensei em fazer uma viagem portanto, saiu de improviso porque ofereceram-me ir a Nairóbi, quênia, para escrever um artigo, e tinha que optar se ia ou não, em dúvida de dias. Eu citou que sim, claro, entretanto quase não deu tempo pra vacunarme contra a febre amarela e um pouco mais.

  • 45° troféu de S. A. R Princesa Sofia, em Mallorca ( 2014 )
  • dois Século XIX
  • 3 CEEI de Évora
  • 07 horas. O Dépor pesquisa um goleiro e um atacante
  • Evitar ocorrências que causem estresse
  • 9 Não é uma entrada, entretanto uma tribuna de Inquisidores
  • Estados de corrente de caixa. Detalhando todos os possíveis receitas e despesas

Uma vez sobre o terreno tive de exceder as dificuldades à proporção que iam aparecendo. Por que o título de Um milhão de pedras? Percorrer a África supõe fazer patinagem a respeito gelo, pedras, buracos, poeira e areia. Há milhões de obstáculos que exceder; todavia, assim como me refiro a algumas pedras, as que carregamos pela mochila dos medos, pesam em tão alto grau que, algumas vezes, nunca se atrave a afastar-se do rebanho. As algumas pedras, a que me refiro são as que nos lançam invejoso por seguir um caminho próprio.

O livro começa com um verso da canção “Como o vento de poente” do grupo pamplonês Maré. Toda a minha existência eu quis fazer o meu próprio caminho, sem incomodar ninguém, por causa de nunca tenho crido, nem ao menos o pastor nem sequer o adoro, no entanto isso tem incomodado alguns poucos que parecem estar desconfortáveis diante de alguém livre.

Eu tive que estudar a desviar de pedras para prosseguir a ser como sou. Pela contracapa do livro diz que “Você mascado o temor, cuspido sangue e bebido muita cerveja”. Quando você mascado o terror? Qual cerveja você permanecer? Felizmente os piores momentos eu tenho testemunhos filmados e fotografados, caso inverso, pode-se pensar que exagero. No meu canal do Youtube você poderá ver de perto os vídeos e o horror que eu passei na Mauritânia no momento em que eu fiquei sem gasolina apenas pela área em que foram cometidos os sequestros.